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Cinéfilos Anónimos: Antevisão - 79ª Edição dos Óscares - Parte II

Cinéfilos Anónimos

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Antevisão - 79ª Edição dos Óscares - Parte II

(...)

Melhor Actriz

Nossa Escolha: Penélope Cruz (“Volver”)

Escolha Mais Provável: Helen Mirren (“The Queen”)

Reiteramos, mais uma vez, aquilo que afirmamos na primeira avaliação às nomeações, que publicamos anteriormente – contrariamente ao que seria, teoricamente, de prever, perante a presença de nomes tão fortes de consagradas actrizes (ou a consagrar, invariavelmente, num futuro próximo) concorrendo para uma mesma categoria, a expectativa de que esta escolha se reveste é pouca ou nenhuma, já que dificilmente Helen Mirren verá fugir-lhe a estatueta na derradeira cerimónia. Um pouco à semelhança do que acontece com a categoria equivalente no masculino – embora com, como já dito e redito, actrizes de mais reconhecido talento -, a escolha da actriz britânica enquanto vencedora é unânime e (quase) imperturbável – resta-nos esperar por dia 25 para saber se será possível que este “quase” possa ser enaltecido na anterior frase, proferindo-se em espanhol a expressão “maior surpresa da noite” referindo-se à estreante Penélope Cruz. Nós, deste lado da fronteira, ficamos a ver com os dedos cruzados.

Melhor Actriz Secundária:

Nossa Escolha: Abigail Breslin (“Little Miss Sunshine”)

Escolha Mais Provável: Jennifer Hudson (“Dreamgirls”)

Não obstante das excelentes prestações de Adriana Barraza e, especialmente, Rinko Kikuchi – ambas por “Babel” – e do peso intrínseco e inerente ao nome Cate Blanchet – por “Notes on a Scandal”, cuja estreia em terras lusas só se dará para a semana -, a probabilidade de qualquer destas actrizes arrecadar o Óscar avizinha-se ínfima, devido à concorrência imposta pelos nomes de duas jovens e absolutas estreantes: a pequena grande actriz Abigail Breslin, de apenas 10 anos, por “Little Miss Sunshine” e Jennifer Hudson por “Dreamgirls”. Também à semelhança da mesma categoria, mas no equivalente masculino, as apostas apresentam-se bastante divididas, parecendo, porém, ser mais favoráveis à segunda – sendo que, também similarmente ao comentado no que concerne à escolha de Eddie Murphy na referida categoria, também Jennifer Hudson foi premiada na Gala dos Globos de Ouro e as razões pelas quais a circunstância se deve repetir nos Óscares intersectam-se com as já explicitadas no que se refere ao mencionado actor, relativamente à ausência de nomeações do filme “Dreamgirls” nas categorias principais.

Melhor Filme de Animação

Escolha Mais provável: “Cars”, Disney Pixar

Não tendo visionado qualquer um dos três – daí a ausência de quaisquer preferências -, esta parece ser mais uma das categorias em que a espera pelo anúncio do vencedor é apenas protocolar – à semelhança do que aconteceu nos Globos de Ouro, “Cars” não deve deixar escapar o Óscar de Melhor Filme de Animação, principalmente tendo em conta o parco peso dos seus adversários, quer de qualidade reconhecida quer de valor comercial, no que concerne, respectivamente, a “Happy Feet” e “Monster House”.

Melhor Banda Sonora Original

Nossa Escolha: “Babel”, Gustavo Santaolalla

Escolha Provável: “The Queen”, Alexandre Desplat

A discrepância entre a nossa escolha e a escolha provável tem apenas uma motivação, que não deveria, de todo, num plano teórico, ser sequer considerada: o facto de que nos parece improvável que Gustavo Santaolalla possa ganhar este galardão por dois anos seguidos, já que foi este o autor da Banda Sonora Original de “Brokeback Mountain”, premiado, nesta categoria, no ano passado. Perante isto, Alexandre Desplat parece-nos um dos nomes mais sonantes, dos nomeados, e o mais provável a ser premiado dia 25 de Fevereiro.

Melhor Música

Nossa Escolha: "I Need to Wake Up", por Melissa Ethridge, para “An Unconvenient Truth


Começamos por explicar indeterminação no que concerne à “Escolha mais provável”, que se prende com as memórias de um passado demasiado próximo demarcado por um ferida ainda um pouco aberta – a vitória de “It’s hard out there for a Pimp”, dos Three Six Máfia, surpreendente e incompreensível. Deste modo, e perante a audição de todas as músicas a concurso, nesta edição, as nossas preferências recaem sobre a música I Need to Wake Up, de Melissa Ethridge, em detrimento de “Our Town”, do filme de animação “Cars”, e três faixas do musical “Dreamgirls” – “Listen”, “Love you I Do” e “Patience”, sendo as duas primeiras interpretadas, respectivamente, por Beyoncé Knowles e Jennifer Hudson. Ressalva-se, porém, um facto que pode ter, ou não, algum grau de relevância na escolha desta categoria: a presença de duas músicas das duas obras que devem ter a sua vitória assegurada nas respectivas categorias – “An Unconvenient Truth”, no domínio dos documentários, e “Cars” na animação -, e a nomeação de três faixas, de um mesmo filme, numa mesma categoria – que pode, por um lado, aumentar a probabilidade da entrega galardão a “Dreamgirls”, embora exista, igualmente, a possibilidade de inversão desta tendência, precisamente pela dificuldade inerente à exaltação de uma canção em detrimento das outras. Porém, acabando esta análise como a começamos: com exemplos próximos tão representativos do carácter (quase) aleatório de que algumas escolhas da academia parecem revestir-se, então torna-se impossível ter certezas em noites tão voláteis.


(... continua)

1 Comments:

  • É...

    eu acho que vai ser difícil ganhar a pequenina... :(

    e acho que vai ganhar, para melhor a actriz a da rainha; mas não posso dizer muito mais porque não vi alguns filmes.

    A música de Babel está um brinco, deveria ganhar na minha opinião...

    By Anonymous Anónimo, at 12:29 da tarde  

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