Diários de Che Guevara - Motorcycle Diaries
Che Guevara – o nome tem força e vida próprias e move multidões… envia-me imediatamente para a imagem de um rebelde, de um inconformado, de um homem do povo em férrea defesa de uma causa, de um ideal.
O convite para desfrutar destes diários chega por parte do meu interesse pela beleza da paisagem que a premissa de uma viagem deixa adivinhar e não do senhor da política cubana (?). Todavia, as minhas expectativas saíram claramente defraudadas. Não porque as paisagens não merecessem a repetição da viagem na primeira pessoa mas antes porque a personalidade ganhava progressivamente mais força, mais humanidade!
Na década de 50, dois jovens argentinos – Ernesto Guevara (Bernal) e Alberto (Serna) – implementam uma viagem, por eles significativa e investidamente planeada e sonhada, pela América Latina. O finalista de medicina e o bioquímico, respectivamente, propõem-se fazê-lo (e fazem-no) a bordo “de la poderosa” (a motocicleta de Alberto). O caminho é longo, o objectivo auspicioso e, embora os críticos revelem uma reflexão primeiramente politica, eu atrevo-me a considerá-la, para além disso, ética e humana.
Ouso afirmar que a viagem ultrapassa o conceito que banalmente utilizámos, deixando provar diferentes significados da doença, da dignidade, da igualdade, da humildade… Dissecar os motivos que me levam a considerá-lo um dos meus filmes de eleição, roubar-vos-ia a magia da construção do vosso próprio significado. Resta salientar as belíssimas interpretações dos protagonistas – Bernal e Serna –, a força da banda sonora (premiada, aliás, pela Academia e de autoria do consagrado Gustavo Santaolalla) e o valor do testemunho real de Alberto (companheiro e amigo de Che Guevara nesta viagem e na vida).
O convite para desfrutar destes diários chega por parte do meu interesse pela beleza da paisagem que a premissa de uma viagem deixa adivinhar e não do senhor da política cubana (?). Todavia, as minhas expectativas saíram claramente defraudadas. Não porque as paisagens não merecessem a repetição da viagem na primeira pessoa mas antes porque a personalidade ganhava progressivamente mais força, mais humanidade!
Na década de 50, dois jovens argentinos – Ernesto Guevara (Bernal) e Alberto (Serna) – implementam uma viagem, por eles significativa e investidamente planeada e sonhada, pela América Latina. O finalista de medicina e o bioquímico, respectivamente, propõem-se fazê-lo (e fazem-no) a bordo “de la poderosa” (a motocicleta de Alberto). O caminho é longo, o objectivo auspicioso e, embora os críticos revelem uma reflexão primeiramente politica, eu atrevo-me a considerá-la, para além disso, ética e humana.
Ouso afirmar que a viagem ultrapassa o conceito que banalmente utilizámos, deixando provar diferentes significados da doença, da dignidade, da igualdade, da humildade… Dissecar os motivos que me levam a considerá-lo um dos meus filmes de eleição, roubar-vos-ia a magia da construção do vosso próprio significado. Resta salientar as belíssimas interpretações dos protagonistas – Bernal e Serna –, a força da banda sonora (premiada, aliás, pela Academia e de autoria do consagrado Gustavo Santaolalla) e o valor do testemunho real de Alberto (companheiro e amigo de Che Guevara nesta viagem e na vida).
5 Comments:
Ainda não vi o filme!!!!!
Contudo a "figura" de Che Guevara faz parte do meu percurso enquanto ser humano. Se primeiro era considerado um símbolo da ideologia comunista hoje está eternizado como um belo "enfeite" de camisolas e t-shirts!!!!
É com agrado que nos nossos dias há alguém que consegue enquadrar este monstro do HUMANISMO mundial. Fico muito grato pela Vossa análise d'EL COMANDANTE...
By Anónimo, at 6:17 da tarde
Obrigada j_esse_a!
Pela opinião, pelo contributo e pela participação…
Concordo contigo! É precisamente pela banalização da sua imagem, que a sua ideologia, sensibilidade e riqueza humana vai perdendo valor – ao ponto de eu o reduzir, antes de ver o filme, a “mais um rebelde” (e, como eu, imagino que muitos que “o vestem” desconhecem). Confesso até alguma desconfiança da minha parte perante este “amigo do ditador Fidel”.
No entanto, a consciencialização do que Che Guevara pensou, criticou e questionou, ou, mais importante ainda, o que ele fez pelos valores nos quais acreditava, é mérito desta obra que apresento. Convido-te a ver! Vale a pena!
(PS – Tenho a certeza que um mestre do Humanismo vai saber apreciar! Obrigada!)
By Unknown, at 7:41 da tarde
Olá!!! Espero vê-lo dentro de dias...talvez no dia 3 :) ... quem sabe!!
Beijinho
By esse, at 7:55 da tarde
Apesar de sublinhar desde já o pouco conhecimento que tenho sobre esta personalidade no que concerne ao seu percurso político, apraz-me referir que após ter visto o filme - e com todos os viés que estão inerentes ao acto de "contar uma história" num filme deste género, onde julgo que o relato factual e verídico é muitas vezes preterido em pról de um "embelezamento" narrativo necessário até por razões de mercado cinematográfico - a minha diminuta representação de Che Guevara mudou substancialmente. Conheci a sua imagem antes da sua ideologia. Conheci o que as pessoas - algumas, verifico agora, pior informadas que eu - me diziam sobre ele, sem antes conhecer o que defendia e pensava. O filme mudou um pouco tudo isso.
Sinto que o conheço um pouco mais, que o posso, por fim, admira-lo pelas razões correctas...as razões humanas, acima das políticas.
By Anónimo, at 5:10 da tarde
O comentário acima escrito é da autoria do Fantasma da O.R.D.E.M.
Desde já as minnhas desculpas á equipa mas tratou-se de um lapso.. esqueci-me de assinar o comment. Espero que não seja problemático.
By Anónimo, at 5:13 da tarde
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